6 de agosto de 2025 - Por Luty Mota, Atendimento na Oito.cc

Empatia é estratégia: o que aprendi sobre pessoas ouvindo negócios

Uma das maiores lições que aprendi trabalhando com comunicação e planejamento não veio de um curso, nem de um livro, veio da escuta, do contato direto com clientes — dos mais organizados aos mais perdidos, dos super racionais aos totalmente intuitivos.

Com o tempo, entendi que empatia não é um bônus da relação, é um requisito, afinal, lidamos com negócios tão diferentes, em mercados variados, com desafios únicos e pessoas que carregam histórias completamente  diferentes.

No início da minha jornada, eu achava que todo cliente precisava “entrar na linha”: seguir um processo, ter clareza sobre seus objetivos, saber o que quer da comunicação. Mas essa expectativa ignorava o ponto mais importante: cada empresa está em um estágio diferente e cada gestor carrega seus próprios medos, inseguranças, pressões e vivências.

Foi aí que a empatia deixou de ser uma palavra bonita e passou a ser uma ferramenta de trabalho. Trabalhar com clientes tão diversos me ensinou que ouvir de verdade, sem julgamento, sem fórmulas prontas, é o primeiro passo para qualquer estratégia funcionar. Não é concordar com tudo, nem abrir mão da técnica, mas de entender o contexto antes de sugerir soluções.

Já segurei a ansiedade de quem estava apostando todas as fichas na primeira campanha da vida. Já precisei traduzir conceitos complexos para quem mal tinha tempo de acompanhar os próprios relatórios. E tudo isso me fez enxergar o planejamento de comunicação com outros olhos: não é uma receita de bolo, é um processo de construção conjunta. Quando o cliente se sente acolhido, ouvido, ele se abre, confia. É quando o resultado aparece.

Para nós, profissionais da comunicação, esse aprendizado vale ouro. Empatia não é “passar a mão na cabeça”, é estar disposto a enxergar o outro como ele é, com suas limitações, mas também com seu potencial. A comunicação é feita de pessoas, para pessoas e toda marca é uma extensão das pessoas que estão por trás dela. Se queremos construir estratégias relevantes, precisamos começar com um olhar mais humano, mesmo nos ambientes mais técnicos.

No fim das contas, a empatia não suaviza só a relação com o cliente. Ela fortalece a entrega, potencializa os resultados e constrói pontes muito mais sólidas do que qualquer campanha genial. Porque no mundo real, ninguém quer ser apenas atendido. Todo mundo quer ser compreendido.

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