2 de outubro de 2023 - Por Marcia Budke, Sócia ARP e sócia-diretora da Brazo Midia.

A Mídia Programática e a Inteligência Artificial andam de mãos dadas

Sabemos que há alguns anos a tecnologia da mídia programática trabalha baseada em algoritmos, e essas tendências vêm ganhando ainda mais força conforme o desenvolvimento de suas novas possibilidades e de seus usos crescentes. Programas de IA em marketing programático alcançaram maior eficiência, custos mais competitivos, personalização, além da segurança na privacidade dos dados do usuário.

Para que essa automação seja feita com eficiência, a Inteligência Artificial (IA) chegou para integrar tecnologias como machine learning ou deep learning ao coletar um grande volume de dados que seriam humanamente impossíveis de gerenciar em grande escala. Assim a IA pode ser usada para entender e prever o comportamento humano, bem como simular esse comportamento em diferentes contextos. Isso pode ser útil para enriquecer a experiência de usuário e personalizar significativamente as ofertas. A IA tem a capacidade de fazer o usuário sentir algo como: “essa marca realmente me entende”; ou ainda, “nenhuma outra marca tem essa interação comigo”.

Além disso, as principais vantagens da IA na mídia programática vão além do gerenciamento desses dados e da economia de tempo do profissional de marketing. Destacamos duas que são de grande importância no cenário atual: a assertividade na tomada de decisões; e o potencial preditivo.

Por meio do desenvolvimento de algoritmos de IA, é possível oferecer melhores resultados para os anunciantes, em função de uma interpretação mais eficiente de dados de custo, segmentação e perfil de público alvo, deixando que os algoritmos capacitem anunciantes a melhorar a performance de suas campanhas de uma maneira que, sem a IA, não seria possível. Outra vantagem é que a mídia programática possibilita que as negociações dos leilões pelo espaço publicitário sejam feitas em tempo real de forma automatizada e mais assertiva.

O deep learning, que é um subcampo da IA, é capaz de simular os padrões de tomada de decisão do cérebro humano, facilitando a coleta de insights e informações que aumentam o poder de análise e interpretação dos dados das campanhas. Os algoritmos inteligentes aprendem novos padrões e funções de uma forma autônoma, podendo modificar suas ações em função de algumas experiências “aprendidas”.

O desenvolvimento de novos algoritmos de IA podem ser utilizados também para cálculos preditivos, já que são capazes de conhecer o usuário em profundidade através do acompanhamento de suas atividades, preferências e interesses no ambiente online e físico, avaliando como ele interagiu com determinado conteúdo, e também em qual contexto isso causou maior impacto.

Assim, a IA utiliza todos esses dados para entender o potencial de compra de um cliente em uma determinada etapa da sua jornada, tornando possível impactá-lo no momento certo, com a mensagem certa, e no contexto apropriado para aumentar ainda mais o potencial de conversão.

Outro motivo para o uso da IA na mídia programática é liberar a inteligência humana para atividades mais estratégicas, como são as de planejamento e criatividade, que as máquinas ainda são incapazes de elaborar.

Portanto, pelo uso da tecnologia da IA, a mídia programática tem sido levada a outro patamar de eficiência e redução de custos, oferecendo melhores resultados para as marcas.

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