SXSW é tema do primeiro evento da nova gestão da ARP
12 de abril de 2018

SXSW é tema do primeiro evento da nova gestão da ARP

O primeiro evento promovido pela gestão 2018/2019 da Associação Riograndense de Propaganda (ARP) foi realizado na última terça-feira, 10 de abril, no auditório da entidade. O tema foi a 32ª edição do South by Southwest (SXSW), que ocorreu de 9 a 18 de março, em Austin/Texas, nos Estados Unidos. Associados e convidados se reuniram para ouvir as novidades apresentadas pelo criador do Festival da Transformação, Juan Pablo Boeira, e o fundador da AG2 Publicis, Cesar Paz – conselheiros da ARP que participaram do festival que é considerado o maior evento de tecnologia e inovação do mundo.

Juan Pablo participou de 36 das 10.187 palestras realizadas no festival, que reuniu em torno de 427 mil pessoas e injetou cerca de US$ 323,3 milhões na economia da cidade. Alguns destaques do “trade show” foram as impressoras 3D, recepcionistas virtuais, robôs, câmeras 360° e sensores wireless. Empresas como Sony, Mercedes-Benz, Google, Dell, Panasonic, Pinterest e Youtube tinham suas casas.

O mestre em Design e Inovação destacou que a iniciativa foi pautada pelo mundo sem telas, computação quântica e a relação entre inteligência artificial e o limite da inteligência humana. Conforme Juan Pablo, desde que as pessoas acordam até a hora de dormir, elas são impactadas por uma média de 6.225 estímulos de comunicação, isso faz com que o marketing que se conhece não funcione mais. “O marketing que está escrito nos livros ficou muito raso para as demandas, porque isso gera o que a gente chama de information overload, ou seja, a saturação de informação, e que, por consequência” leva ao choice overload, que é a saturação do poder de escolha”, explica.

Para o criador do Festival da Transformação, a inovação é a ferramenta do mundo moderno, e o planejamento estratégico não a estimula, pois cria instrumentos de controle. Juan Pablo apresentou, ainda, a evolução do mix de marketing, os “4 Es”, que são evangelism, exchange, everywhere e experience – sem tradução em português até o momento.

Por sua vez, Cesar Paz trouxe o conceito de quatro tecnologias emergentes – Internet das coisas, inteligência artificial, blockchain e extended reality – e quatro temas transversais – humanism renaissance, omni design, hacking health e purpose first – abordados no SXSW. “É a maior expressão da economia criativa que a indústria de eventos produziu”, destaca.

Sobre “internet das coisas”, o empreendedor serial ressaltou que é preciso prestar atenção nos comandos de voz e trouxe dados que mostram a presença dessa tecnologia na vida das pessoas. Por exemplo, 46% dos americanos realizam buscas por comandos de voz. Na “inteligência artificial”, o grande frisson é a Singularity, tecnologia que permite que as máquinas tenham uma capacidade cognitiva tão grande quanto o ser humano, prevista para existir em 2029, conforme o fundador da mesma. No “blockchain”, tudo está representado por uma transação e uma forma de validação dela, podendo ser utilizado para validação de contratos, ações na bolsa, registro de saúde, transações internacionais, registro de contrato de propriedade, etc. Já a “extended reality” é as diferentes formas de aplicação de realidades de como se gostaria de ver – pode ser aumentada, virtual ou misturada.

No que cabe ao “humanism renaissance”, o fundador da AG2 Publicis explicou que a discussão é como não perder o controle da tecnologia, mais especificamente, como se pegar de volta o que já se perdeu, há uma crise sobre como saber se alguma coisa é verdade. O “omni design” é pelo fato de que cada vez mais se falará de design, pois o que impera na sociedade em rede na qual se vive é o pensamento divergente, que é a base da área –  um dos destaques é o design computacional, sendo a plataforma chinesa Alibaba uma de suas referências. O “Hacking health” está bastante presente nos conceitos de mindfulness, nootropics e longevidade, que aponta que em 2045 se atingirá imortalidade. “Purpose first” é sobre a Construção de propósito, então “show me the money” passou a ser “show me the meaning”.

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