Quebra de paradigmas e a digitalização da economia na China são abordados no Janela ARP
29 de outubro de 2019

Quebra de paradigmas e a digitalização da economia na China são abordados no Janela ARP

Inovação, robótica, virtualização, quebra de paradigmas. Na busca por uma nova forma de enxergar a tecnologia, Fabiano Goldoni foi à China e retornou ao Brasil com uma experiência valiosa a compartilhar. A partir do que aprendeu em sua incursão por um dos países que mais crescem no mundo, o empreendedor de negócios digitais e sócio-fundador da Alright Adtech Company apresentou a palestra “Asia Tech”, dentro do Janela ARP. O evento promovido pela Associação Riograndense de Propaganda (ARP) reuniu sócios e convidados da entidade na Fábrica do Futuro, na quinta-feira (24).

Goldoni esteve na China em julho e, além de visitar diversos lugares e empresas, participou do Rise, em Hong Kong, um dos maiores eventos do mundo em termos de tecnologia. A partir da sua experiência em seus nove dias no país, o empreendedor apresentou um olhar sobre a digitalização da economia local e como ela influencia nos negócios, inclusive na comunicação.

A China vem se tornando referência mundial em inovação. Para chegar a esse patamar, o país que possui mais de 1 bilhão de habitantes aposta na combinação entre competição assídua aliada à educação e ao suporte do governo. “Eles também têm uma cultura ‘maker’. Vão lá e fazem! Além disso, 90% da população com acesso à internet está conectada pelo celular”, observa.

Os aprendizados, no entanto, não surgiram sem que Goldoni enfrentasse alguns desafios, a começar pelas restrições no acesso à internet. “Essa foi a primeira quebra de paradigmas: existe uma internet da qual nós não fazemos parte, e existe uma internet da qual os chineses não fazem parte”, observou. “Pode parecer que a China vive em uma bolha, porém ela respira muita inovação”, completa.

Goldoni ainda destacou o movimento de virtualização de ativos. “Nossa atenção vira um ativo a partir do momento que a gente tem consciência que os dados que liberamos são valiosos”, explicou ele, abordando o conceito de “data wallet”, onde a pessoa mantém uma “carteira de dados” e comercializa os mesmos com plataformas de publicidade. “O dinheiro é só uma ideia. A partir do momento que você aplica essa ideia em um bem virtual ou material, ela começa a fazer sentido para o mercado”, conclui.

Tecnologias como o Blockchain, o uso do reconhecimento facial no dia a dia da população para realizar pagamentos, carros elétricos dominando as ruas, e a robotização que é introduzida ainda na pré-escola foram outros pontos levantados pelo palestrante. Para Goldoni, entender essa economia e imaginar tudo que é possível fazer foi o que trouxe de mais interessante dessa imersão no futuro dos negócios digitais.

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