8 de março de 2021 - Por

Mês da Mulher – Artigo #01- Não é uma homenagem

Por Liana Bazanela – Presidente da Associação Riograndense de Propaganda (ARP) + CEO e sócia-fundadora da Do It

O Dia da Mulher não é uma homenagem. 8 de março não é uma data comercial, é política. É uma provocação, um chamamento à luta por equidade de gêneros e por direitos. Os avanços das últimas décadas são inegáveis, mas não suficientes. Celebramos nossas conquistas, porém queremos respeito e ações objetivas para mudar o presente, e assim construir um futuro mais justo.

Organizações mundialmente reconhecidas já entenderam isso, como a ONU. Estabelecer liderança corporativa sensível à igualdade de gênero é o princípio número um do núcleo Mulheres Brasil da entidade. Segundo eles, essas atitudes garantem o “fortalecimento das economias, o impulsionamento dos negócios, a melhoria da qualidade de vida de mulheres, homens e crianças, e o desenvolvimento sustentável”.

A verdade é que diversidade não é mais uma opção para as empresas. É fator determinante para o aumento de resultados, comprovadamente. No entanto, mesmo com esses dados, mulheres são minoria em cargos de liderança. É por isso que precisamos insistir nesse tema.

No último ano, em função da pandemia da Covid-19, os desafios aumentaram. Apesar de maioria dos trabalhadores no combate ao vírus, mulheres ainda enfrentam o crescimento da violência doméstica, de tarefas familiares não remuneradas, do desemprego e da pobreza. Não obstante a isso, países com grande sucesso no combate ao corona são chefiados por representantes do sexo feminino, como a Dinamarca, Alemanha e Nova Zelândia. Lá, elas foram amplamente reconhecidas pela sua rapidez, determinação e eficácia frente à pandemia.

Fica evidente que temos de acelerar essas mudanças. Caso contrário, no Brasil, por exemplo, precisaremos aguardar até 2085 para ganhar o mesmo que os homens – apenas um dos problemas enfrentados por mulheres no âmbito dos negócios. Não estamos dispostas a esperar. Flores, bombons e homenagens não vão colaborar com esta desigualdade. Queremos resultados e que todos compreendam, inclusive as próprias mulheres, que elas pertencem a todos os lugares onde as decisões estão sendo tomadas.

 

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